sábado, 16 de junho de 2007

Quem sou eu?

Hmmm... vejamos:

Não sou nenhum super-herói, embora meu único filho tenha certeza que sou.

Eu acerto, erro, caio, levanto, tenho dias alegres e dias tristes também. Tenho minhas angústias e inseguranças, contas a pagar e muitas coisas que eu queria e não consegui. Isso é tão natural, tão normal quanto Gisele Bundchen defecando num sábado à tarde logo depois de uma nutritiva refeição.

O que quero dizer com isso?
Que no fundo somos exatamente iguais, independente da família e do emprego que temos. [Isso se tivermos família e emprego.] E mesmo que não se tenha nem emprego e nem família, continuamos exatamente iguais. E pensar que tem muita gente por aí vivendo uma vida plástica baseada em modelos impostos pelas ditaduras modernas que dominaram todas as classes sociais e faixas etárias, enquanto existe um leque infinito de opções e possibilidades à disposição de todos.

Há algumas semanas fui obrigado a ficar aproximadamente 4 horas aguardando uma pessoa muito especial no desembarque do aeroporto de Congonhas. E, mesmo com uma terrível crise de Cefaléia em Salvas, fiquei perplexo observando aqueles seres humanos que desembarcavam ali. Tive a nítida impressão de que estava diante de uma fábrica de produtos humanos em série. Homens, mulheres, adolescentes... todos iguais. Cabelos, roupas, piercings, tatuagens e até malas. Parei para refletir por alguns minutos sobre aquele quadro real que se apresentava para mim e lembrei-me de uma passagem de Eclesiastes [ou Rei Salomão] onde diz que não há nada de novo sob o sol. É... realmente tudo continua igual. Muito igual como há 10 mil anos.

Como diz mesmo aquela velha canção?
Dizem que sou louco/por pensar assim...


Sylvio Steps - 15 de junho de 2007

Um comentário:

Unknown disse...

muito bom cara! já tive uma impressão bastante parecida com essa certa vez que estava no buzão, ao observar tanto os passageiros como as pessoas do lado de fora pela janela, e não é que pensei exatamente em eclesiastes? tudo igual, todos iguais, parecem não enxergar a infinidade de possibilidades que se apresentam bem diante de seus narizes... mas quem sou eu para reprimílos, que apesar de vislumbrá-las não faço nada para concretizá-las?