quinta-feira, 28 de junho de 2007

EZKARÉLOKU

Aquilo que está embaixo é igual aquilo que está em cima, e aquilo que está em cima é igual aquilo que está embaixo, para realizar os milagres de uma só coisa.
E Z K A R É L O K U...E Z K A R É L O K U
E Z K A R É L O K..........Z K A R É L O K U
E Z K A R É L O................K A R É L O K U
E Z K A R É L.......................A R É L O K U
E Z K A R É..............................R É L O K U
E Z K A R ....................................É L O K U
E Z K A............................................L O K U
E Z K..................................................O K U
E Z.........................................................K U
E...................?..................U
E Z.........................................................K U
E Z K...................................................O K U
E Z K A.............................................L O K U
E Z K A R......................................É L O K U
E Z K AR É................................R É L O K U
E Z K A R É L........................A R É L O K U
E Z K A R É L O.................K A R É L O K U
E Z K A R É L O K..........Z K A R É L O K U
E Z K A R É L O K U...E Z K A R É L O K U
by Sylvio Steps 1985


quarta-feira, 20 de junho de 2007

Eu, Eus, Deus

Eu
O Mestre e o Discípulo.
O que observa. O que traduz. O que sintetiza.
Complexo. Salgado & doce. Amaro.
A caça e o caçador. O criador e a criatura.
Transparente. O observador e o observado.
O que prova o vinagre e o vinho. O veneno.
Sou o resultado daquilo que penso e acredito.
Tudo existe porque EU existo. Se EU não existir, nada, absolutamente nada, existe.

I am God born under Aquarius.

Deus não criou o homem
foi o homem quem criou Deus
em meio ao turbilhão
a confusão
o próprio homem se perdeu
se fodeu

Profetas ateus
não acreditam em Deus
Profetas ateus
Não sabem que Deus
sou Eu

Steps


domingo, 17 de junho de 2007

O Leque

O leque
de muitas varetas
e para cada vareta
muitos amores
muitas personalidades

O leque
de uma agenda amarela
com dois meses apenas
uma digital feita em cola
que fica junto a Nietzsche

O leque
esconde segredos e profecias
sonhos e loucuras
sua haste fagueira
sustenta desejos, pensamentos
soturnos por vezes

O leque
exibe em sua seda
a estampa feita com as tintas da alma
os desatinos
tão comuns aos sonhadores
aos buscadores, aos apaixonados

O leque
ventila verdades e mentiras
ventila odores e sabores
amores, dores, curas

Feito moleque serelepe
que se enrubesce
E nunca esquece
Eu sou o leque

Sir Sylvio Steps
17 de junho de 2007

sábado, 16 de junho de 2007

by Sir Smith Steps



> Metade de mim é Rock and Roll e a outra metade... também.

> Vivo sem a necessidade de me divertir com os brinquedos da vaidade humana.

> Existe mais verdade no silêncio de uma vírgula do que em muita coisa que se vê e se ouve por aí.

> Rock and Roll não se aprende nem se ensina.

> A vida dura um segundo. Ou você vive esse segundo ou sofre a vida toda.

> A única certeza que tenho é que tudo é incerto.

> A felicidade, para mim, não é condição, é opção.

> É nosso caráter que mostra o que somos e não o nosso corpo.

> Contraditório. Digno de risos. Mas quem não o é?

> Uma criança crescida. Só os brinquedos é que mudaram.

> Algumas pessoas perdem a fé porque os céus lhes mostram muito pouco e outras porque os céus lhes mostram demais.

Desliguei você.


I'd work at day and work at night

Desliguei a luz.
Desliguei o rádio.
Desliguei a TV.
Desliguei o mundo.
Desliguei a mentira.
Desliguei você.

I don't really need you anymore.

Sir Smith Steps
Rio, 07 de dezembro de 2006.

DESLIGADO
Letra: Sylvio Passos
Arranjo/Interpretação: Bene Rock Silva

Alma Gêmea


Encontrei minha alma gêmea outro dia. Fui ao banheiro e deparei-me com ela ali. Pronta. Com uma puta cara feia de acordando. Era Eu diante do espelho.

Sir Smith Steps
16 de dezembro de 2006

O Pesadelo Continua


O Pesadelo Continua
(Madrugada 03:56hs)

São 3 horas e 56 minutos da madrugada
de sábado para domingo - 11 de setembro
Mais uma vez estou escrevendo sobre você
assim como mil outras vezes

E eu me pergunto: Quem terá visto a minha dor chorando?
Saio e minha alma sai comigo agoniada, sangrando.
Ando como se entre imagens terríveis
E entre essas imagens me vejo em sua companhia
Aflito e solitário

Sou consumido pelo quadro das minhas aflições
Que nenhum pintor ousou pintar
Pois para pintar tal quadro seria preciso a tinta
feita com todos os elementos de meus tormentos

Tormentos que me batem como pedras ( Não as do Gênesis)
Mágoas que hoje estão tão intensas
Que eu penso que a alegria é uma doença
E a tristeza é minha única saúde.

Tenho vontade de rasgar minhas roupas, minha pele
O pesadelo continua
Quero viver na luz dos astros imortais
Abraçado com todas as estrelas feito Augusto dos Anjos
Fernando Pessoa e Raul Seixas

Questiono sobre as histórias de amor que não vivi
E me é totalmente inútil concluir que eu possa
ser parte de uma delas
Sinto-me incapaz de amar mulher alguma
Assim como creio que não há mulher capaz de me amar

O amor é como uma droga
Que ao mesmo tempo que te faz sentir-se bem
Te faz mal e te destrói
Te arruína, te envenena
Sinto que meu coração é um hospital
onde todos os doentes morreram

A melancolia estendeu-me sua asa
para que EU me recline sobre ela
Acompanhado da minha dolorosa solidão
e da insônia feroz que há tempos tornou-se
minha fiel companheira

Tenho febre e escrevo
escrevo rangendo os dentes
Já não me importa as horas, o dia de amanhã
Vivo minha dor, vivo numa estrada vazia
Eu e minha solidão caminhamos sós para o nada.
Adeus.

Sylvio Passos

AMORTECEDOR

AMORTECEDORES


AMORTECE


DORES


AMOR


TECEDOR


AMOR


TECE


DORES


AMORTECEDORES

Sylvio Steps - 21 de março de 2005


Uma Nova Canção


Eu só queria poder relaxar
Ficar numa boa. Descansar.
Minha cabeça está pesada
Com o peso do meu coração.
Tantas almas destroçadas
Tanta gente sem saber o que falar

E os pássaros já estão cantando
Cantando, cantando uma nova canção
Os pássaros estão cantando
Cantando, cantando a solidão.

Outro dia o sol se põe
Se esconde atrás da minha razão
Queria tanto saciar minha sede
Te jogar numa rede
Desembrulhar a emoção

Anjos embriagados
Se entregam ao diabo
Com olhos vermelhos
Sem nada temer

Mas os pássaros já estão cantando
Os pássaros já estão cantando
Estão cantando, cantando uma nova canção
Os pássaros já estão cantando
Cantando a solidão

O espelho reflete traição
A dor na alma
Sem remédio, sem solução
E eu encerrado em minha liberdade
Em minha prisão, minha dor
Tentando me salvar de mim mesmo
Sem medo da escuridão

Mas os pássaros já estão cantando
Os pássaros já estão cantando
Estão cantando, cantando uma nova canção
Os pássaros já estão cantando
Cantando a solidão

Uma Nova Canção
Letra: Sylvio Passos
Arranjo/Interpretação: Myrian Portes

O Anjo




Dentro de mim mora um Anjo
filho do Sol e da Lua
que vagou a esmo e solitário

Dentro de mim mora um Anjo
diabólico e inquieto
que jamais existiu

Dentro de mim mora um Anjo
louco e coerente
que soube matar e soube morrer

Dentro de mim mora um Anjo
pacato e afável
que amou sem ser amado

Dentro de mim mora um Anjo
cálido e gélido
que partiu sem dar adeus

Dentro de mim mora um Anjo
Dentro de mim mora Deus
Eu sou Deus

Steps 1979

Quem sou eu?

Hmmm... vejamos:

Não sou nenhum super-herói, embora meu único filho tenha certeza que sou.

Eu acerto, erro, caio, levanto, tenho dias alegres e dias tristes também. Tenho minhas angústias e inseguranças, contas a pagar e muitas coisas que eu queria e não consegui. Isso é tão natural, tão normal quanto Gisele Bundchen defecando num sábado à tarde logo depois de uma nutritiva refeição.

O que quero dizer com isso?
Que no fundo somos exatamente iguais, independente da família e do emprego que temos. [Isso se tivermos família e emprego.] E mesmo que não se tenha nem emprego e nem família, continuamos exatamente iguais. E pensar que tem muita gente por aí vivendo uma vida plástica baseada em modelos impostos pelas ditaduras modernas que dominaram todas as classes sociais e faixas etárias, enquanto existe um leque infinito de opções e possibilidades à disposição de todos.

Há algumas semanas fui obrigado a ficar aproximadamente 4 horas aguardando uma pessoa muito especial no desembarque do aeroporto de Congonhas. E, mesmo com uma terrível crise de Cefaléia em Salvas, fiquei perplexo observando aqueles seres humanos que desembarcavam ali. Tive a nítida impressão de que estava diante de uma fábrica de produtos humanos em série. Homens, mulheres, adolescentes... todos iguais. Cabelos, roupas, piercings, tatuagens e até malas. Parei para refletir por alguns minutos sobre aquele quadro real que se apresentava para mim e lembrei-me de uma passagem de Eclesiastes [ou Rei Salomão] onde diz que não há nada de novo sob o sol. É... realmente tudo continua igual. Muito igual como há 10 mil anos.

Como diz mesmo aquela velha canção?
Dizem que sou louco/por pensar assim...


Sylvio Steps - 15 de junho de 2007